Imagem do post Acne: conheça as causas e os tratamentos da doença!

A acne é uma doença de pele extremamente comum.  surge devido a um processo inflamatório das glândulas sebáceas e dos folículos pilossebáceos¹. Frequentemente, é associada à fase da adolescência. Quase 80% dos adolescentes têm ou terão cravos e espinhas, mas isso também acomete entre 5% e 20% dos adultos.

As consequências da acne podem afetar o indivíduo pela estética e bem-estar psicológico. Afinal, o quadro se manifesta em partes visíveis do corpo; e crianças próximas da puberdade são vulneráveis tanto social como psicologicamente².

Muitos adolescentes apresentam insegurança, timidez, depressão e baixa autoestima por se olhar no espelho e ver o corpo tomado por espinhas e cravos. Esses efeitos podem persistir pelo resto da vida¹.

A acne tende a ocorrer com mais frequência em regiões como a face, o tronco e o peito devido ao maior número de glândulas sebáceas presente nestas regiões³. Para entender o que causa acne e como tratá-la, continue a leitura. 

Resumo

  • A acne é uma doença dermatológica que acomete a maioria dos adolescentes.
  • O cuidado no tratamento a pele acneica é essencial para a recuperação da epiderme.
  • Hormônios, medicamentos e estresse são algumas das causas principais da acne.
  • Para controlar a condição, mantenha uma rotina de skincare com produtos adequados para o cuidado da acne.

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Acne, espinhas e cravos

Antes de se aprofundar no assunto, é importante diferenciar estes três termos:

  • acne: doença decorrente da inflamação das glândulas sebáceas e dos folículos pilossebáceos;
  • espinhas: protuberância da pele inflamada que apresenta pus;
  • cravos: folículo entupido por sebo.

A maioria dos adolescentes vai apresentar algumas espinhas e cravos entre   um e dois anos de sua vida. Aliás, aqui existe um ponto importante, as espinhas e os cravos (comedões) são as lesões da pele de quem tem acne; não dizemos “acnes” pois a doença é sempre no singular.

Essa condição aparece porque ocorre uma inflamação de uma minúscula glândula presente na nossa pele, a chamada glândula sebácea, responsável pela produção do sebo. A partir do momento que está inflamada, ela perde sua função e até o sebo passa a ser prejudicial para a pele.

Embora os dermatologistas estudem a acne há muitas décadas, ainda existem muitas perguntas a serem respondidas.

Sabe-se que muitos problemas diferentes ocorrem simultaneamente para que essa glândula fique inflamada. Entre as alterações, temos a presença de uma bactéria chamada Cutibacterium acnes, a tal inflamação e a obstrução da saída do sebo pelo poro. Porém, apesar da presença de uma bactéria, a acne não é uma doença contagiosa.

O que causa acne?

A acne pode se apresentar por diferentes fatores. Muitas vezes, a combinação de condições físicas e psicológicas contribuem para o avanço da doença. As principais causas de acne são:

  • alterações hormonais;
  • estresse;
  • período menstrual;
  • medicamentos;
  • questões climáticas;
  • contato com produtos gordurosos¹.

Hormônios sexuais, que começam a ser produzidos na puberdade, são os principais responsáveis pelas alterações das características da pele, assim como pelo surgimento da acne. Também pode ocorrer piora relacionada a situações de estresse ou no período menstrual.

Esses hormônios, chamados andrógenos e estrógenos, são produzidos tanto pelos ovários (mulher) e testículos (homem) quanto pelas glândulas suprarrenais (duas pequenas glândulas situadas sobre os rins) em ambos os sexos.

A produção dos andrógenos é maior nos homens, e a dos estrógenos é maior nas mulheres. São os andrógenos os responsáveis pelo início do funcionamento das chamadas glândulas sebáceas que são mais ativas na face, peito, costas e couro cabeludo.

Essas glândulas estão presentes desde o nascimento, mas são mais ativas na puberdade, época em que, em pessoas com predisposição genética, desencadeiam mudanças relacionadas ao conteúdo de gordura (secreção sebácea) da pele e do couro cabeludo.

Certos medicamentos como corticoides, vitaminas do complexo B, exposição exagerada ao sol, contato com óleos, graxas ou produtos gordurosos, época do ano (especialmente inverno) e, principalmente, o hábito de mexer nas lesões (espremer cravos e espinhas) pioram o quadro de acne.

Principais sintomas da acne

Além das espinhas e dos cravos, existem outros sintomas que indicam a presença de acne na pele. Eles aparecem com mais frequência na face, mas também podem ocorrer nas costas, ombros e peito¹.

Pequenas bolinhas vermelhas com ou sem a presença de pus (pápulas e pústulas), os nódulos, também conhecidos como espinhas internas, e algumas consequências desagradáveis, como manchas acastanhadas e vermelhas e as temidas cicatrizes são alguns dos sinais de atenção.

Resumidamente, os sintomas principais da acne são:

  • comedões (cravos);
  • pápulas (lesões sólidas arredondadas, endurecidas e eritematosas);
  • pústulas (lesões com pus);
  • nódulos (lesões caracterizadas pela inflamação, que se expandem por camadas mais profundas da pele e podem levar à destruição de tecidos, causando cicatrizes);
  • cistos (maiores que as pústulas, inflamados, expandem-se por camadas mais profundas da pele, e podem ser muito dolorosos e deixar cicatrizes).

A acne não é contagiosa e não se relaciona à “sujeira” da pele ou do sangue¹. Para tratá-la, busque orientação médica. Lembre-se de que quanto mais cedo iniciar um tratamento correto para acne, menores serão as chances de ter manchas ou cicatrizes na pele.

O que é bom para acne?

Além dos medicamentos, que são indicados de acordo com a intensidade da acne, todos os pacientes devem utilizar três produtos diários para o cuidado com a pele acneica: protetor solar, hidratante leve e sabonete específico. Entenda a função de cada um a seguir:

  • protetor solar: para reduzir a ação dos raios ultravioletas que podem piorar a acne e as manchas;
  • hidratante leve: para proteger a camada mais superficial da pele, que está fragilizada em quem tem a doença;
  • sabonete específico: para remover o excesso de oleosidade, sem ativos agressivos.

Sobre este último, é importante destacar que ele deve remover o excesso de oleosidade, mas não deve ser agressivo, a ponto de prejudicar as defesas da pele. Uma excelente opção que temos hoje no mercado é a linha Glycare Control, composta por gel de limpeza, espuma e barra, limpa sem ressecar a pele.

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O tratamento da acne é necessário por muitos meses e às vezes anos², mas uma rotina adequada pode ajudar — e muito — no processo de recuperação da pele.

Está ultrapassada a ideia de que a acne é “própria da idade” e “de desaparecimento espontâneo com o tempo”. Seu controle é recomendável não só por razões estéticas, mas também para preservar a saúde dermatológica e psicológica, além de prevenir cicatrizes difíceis de corrigir na idade adulta.

O ideal é a acne ser tratada o mais precocemente possível. A doença tem tratamento e pode ser curada ou controlada, porém, isso pode levar bastante tempo. Quem tem acne não deve, em nenhuma hipótese, “cutucar” as lesões, pois isso pode levar à infecção, inflamação e cicatrizes.

Há opções tanto de terapia local, quanto por via oral e o tratamento vai variar de acordo com a gravidade e a localização, e em função de características individuais¹.

*Texto escrito e revisado pelo Dr. Marco Rocha

DR. MARCO ROCHA

CRM 100578/SP

Médico Dermatologista UNIFESP-EPM

Pós-graduação - Doutorado em Medicina UNIFESP-EPM

Colaborador do ambulatório de Cosmiatria/Dermatologia UNIFESP-EPM

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